A intensificação dos efeitos das mudanças climáticas e de eventos extremos, como secas e ondas de calor, entre outros, está gerando mudanças significativas na estrutura e na dinâmica associadas à vegetação em nosso país, comprometendo rapidamente os benefícios ecossistêmicos que ela proporciona diariamente à sociedade.

Nesse contexto, dados de sensores de satélite, como MODIS (Terra e Aqua), OLI (Landsat 8) e MSI (Sentinel 2A e 2B), nos permitem estudar a tendência da produtividade primária e a fenologia da vegetação por meio de séries temporais que representam a variação intra e interanual dessa produtividade por meio de índices espectrais.

Os índices espectrais de vegetação, que representam a proporção de energia refletida pelo conjunto de folhas nos comprimentos de onda infravermelho e vermelho, são considerados bons indicadores da produtividade primária potencial da vegetação e ferramentas eficientes para o monitoramento contínuo das mudanças no ecossistema em diferentes escalas espaciais e temporais.

A partir dos índices de vegetação é possível obter métricas que marcam pontos críticos no desenvolvimento de populações e comunidades (por exemplo, início e fim da estação produtiva, acúmulo de biomassa na estação produtiva, entre outros), que estão associados às suas características intrínsecas e às suas respostas às mudanças no ambiente.

Este seminário tem como objetivo apresentar o uso de métricas fenológicas e análise de tendências temporais obtidas a partir do índice de vegetação EVI (sensor MODIS), na caracterização estrutural e composicional da vegetação mediterrânea do Chile e na análise da tendência de sua produtividade primária contra o efeito de eventos de seca e ondas de calor que a estão afetando atualmente.

Sexta-feira, 3 de maio 12:00 – 13:00 (GMT-04:00)

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Sala Multimídia CMM
Beauchef 851, Edificio Norte, 6º andar